O sócio Alfredo Assis Gonçalves Neto participou na quinta-feira (25) da reunião aberta de Comissão de Defesa dos Honorários Advocatícios da OAB Paraná, que teve como tema “Honorários Contratuais: Quais os limites?”. Ele tratou sobre a necessidade de a tabela de honorários ser utilizada do ponto de vista da realidade da advocacia.
O evento foi aberto pela presidente em exercício da seccional, Marilena Winter. Ela iniciou os trabalhos prestando uma homenagem ao professor Assis: “Foi meu mestre, referência na minha vida profissional e sempre me incentivou a participar da OAB”, relembrou. “É uma honra enorme tê-lo aqui conosco. Vocês são privilegiados por poder ouvi-lo”.
Em entrevista à comunicação da OAB Paraná, Assis Gonçalves sustentou que a tabela de honorário deveria ser referencial e não obrigatória. “Precisamos chamar o advogado para a realidade do mercado brasileiro, temos uma série de problemas que não estão previstos em cadernos”, disse. “Tenho sustentado que a Ordem não deve ser um órgão que se intrometa na relação entre advogados e clientes. Se o advogado acha que deve cobrar menos do que a tabela por circunstância, isso é assunto dele com o cliente”.
O advogado também citou as dificuldades do mercado, especialmente para os iniciantes. “Está impraticável por causa do número de profissionais, é uma questão de oferta e procura”, afirmou. “As situações que a realidade revela precisam ser consideradas. Um advogado novo, que for cobrar honorários no preço da tabela não vai ter clientes. Ele precisa primeiro mostrar serviço para que enxerguem nele um advogado competente e capaz”, refletiu o professor Assis.
Também compuseram a mesa do evento a presidente da Comissão de Defesa dos Honorários Advocatícios, Débora Ling, o ex-presidente da comissão, Maurício Guedes, e o desembargador aposentado Guido Dobeli.