O professor Alfredo de Assis Gonçalves Neto, a convite do Departamento de Direito Comercial da USP, foi um dos conferencistas convidados para falar nas comemorações alusivas aos 190 anos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
O tema central do evento foi “Novos paradigmas para um pensamento de vanguarda no Direito” e reuniu renomados professores e magistrados brasileiros e do exterior para expressar a importância da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco para o país.
O jurista paranaense falou sobre o que significa ingressar na Faculdade de Direito da USP. Os demais participantes do painel de Direito Comercial, que se estendeu ao longo de todo o dia 15 do corrente mês, foram os professores José Rogério Cruz e Tucci (diretor da Faculdade de Direito), Erasmo Valladão, Newton de Lucca, José Alexandre Tavares Guerreiro, Carlos Klein Zanini, Ricardo Olivera Garcia, Paula Forgioni e Calixto Salomão Filho.
A Faculdade
A criação da Faculdade de Direito (FD) da USP foi fruto de uma preocupação política do Visconde São Leopoldo, na Assembleia Constituinte de 1823. A intenção era evitar a repressão de brasileiros nos estudos de Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal. O diretor da Faculdade de Direito, José Rogério Cruz e Tucci, explica que a instituição desempenhou papel importante na história do Brasil. Ele relembra a atuação dos alunos na Revolução Constitucionalista de 1932 e a leitura da Carta aos Brasileiros, pelo professor Goffredo da Silva Telles Jr., em 1977.
Na condição de uma das mais antigas escolas de ensino superior do país, a história da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco constrói-se junto à estruturação das primeiras instituições brasileiras. Fundada por Pedro I apenas cinco anos após a Independência do Brasil, a faculdade, que posteriormente passou a integrar a Universidade de São Paulo, formou os primeiros gestores e administradores públicos graduados no Brasil. A instituição brasileira nestas 19 décadas teve importante papel na progressiva e continuada construção do Estado brasileiro, da democracia, da participação popular e da justiça social no Brasil.